sábado, 4 de janeiro de 2014

Das Cartas de Amor I

Nunca fui de escrever cartas de Amor. Acho que não tenho jeito. Mas resolvi fazer umas incursões nesta área.

Esta podia ser uma carta de amor. Mas não é. :)

"Meu Amor,

De ti não espero nada. 

Não espero que me dês a mão. Não espero que me faças café de manhã. Não espero que fiques comigo até o meu Sol se pôr. Não espero que todos os dias me digas que me amas, que me adoras e que me queres. Não espero que me acendas um cigarro quando me apetecer fumar. Não espero que cozinhes para mim. Não espero que me esperes acordada. Não espero que me digas que tens saudades minhas e que, longe de mim, te sentes incompleta.

Não espero que me digas que queres ver o Sol nascer a meu lado todos os dias. Não espero que me digas que sou a tua vida. Não espero que me ouças tocar e cantar com um ar embevecido e que adores ouvir-me todos os dias. Não espero que queiras tomar conta de mim, que queiras cuidar de mim ou ouvir os meus dramas quando estou num dia mau. Não espero que atures as minhas birras e os meus ataques de ciúme. Não espero que vivas para mim e por mim.

Não posso esperar que me leias os pensamentos. Nem que me lembres todos os dias como sou importante para ti. Não posso esperar Amor incondicional e constante, como se de oxigénio se tratasse. Não espero que vivas tudo tão intensamente como eu. Não espero que, como um rochedo, enfrentes tudo e todos por minha causa. Não posso esperar que eu diga "mata" e tu digas "esfola". Não espero convencer-te com raciocínios lógicos. Não espero ques ejas minha cúmplice em tudo. E não espero juras de Amor eterno.

Não espero nada de ti.

Mas quero tudo. Porque podes esperar tudo de mim.

Porque te amo."

Beijos & Abraços,

MP

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