As relações veem cheias de incógnitas. Quando não se conhece bem a outra pessoa, procuramos, com a convivência, saber mais sobre ela. Não por coscuvilhice. Mas por interesse e vontade de construir coisas. Sim, porque depois saber se alguém vale a pena, a decisão de começar a construir é natural e quase imediata.. Se eventualmente chegarmos à conclusão que não vale a pena, andar a dar socos em pontas de faca, além de doloroso, é chato e não leva a lado nenhum. Como já disse num qualquer texto anterior, a desistência consciente é uma virtude para não magoarmos ninguém e para não nos magoarmos a nós.
Posso apenas falar de mim. Um rapazinho estranho, assim a puxar para o anormal e cheio de pancadas tontas, que roçam o mau feitio. Posto isto, quando gosto, gosto mesmo. E aturo coisas que não lembram ao diabo (quem me conhece, sabe do que estou a falar). Em troca quero (e não abdico) do mesmo aturar paciente que, havendo sentimentos bons, tem mesmo de existir.
Se me pedissem uma fórmila que agradasse a toda a gente, falar-vos-ia de três coisas: respeito, paciência e amor. Não em doses infinitas. Mas em quantidades industriais. Porque está sempre subjacente a ideia de construção. Se a vossa ideia é levar a vida sem chatices nem obrigações, então arranjem outra forma de relacionar-se com as pessoas. Tenham Amigos coloridos, só Amigos ou então andem szinhos pela vida até verem o que ela vos traz. Porque ter Amigos coloridos, só Amigos ou andar sozinho não tem mal nenhum. É uma questão de opção, de timing e daquilo que achamos que é melhor para nós. Porque assim, a Vida encarrega-se de trazer coisas boas às pessoas boas. Não me canso de dizer isto.
O grande "problema" das relações entre duas pessoas é esse mesmo: é que são duas pessoas. Com cabeças e corações diferentes. E com feitios diferentes. E dificuldade é esta: quanto mais diferentes são, mais tolerância tem de haver. Mais temos de nos apoiar no motor que, para mim, faz a vida andar para a frente: o Amor. Sem ele, demos as voltas que dermos, nada faz sentido: as relações não fazem sentido, as esperanças não fazem sentido e os planos não fazem sentido. Devo confessar que, hoje em dia, acredito na calma e nos baby-steps: andar muito devagarinho para não fazer asneiras. Mas, por vezes, o nosso lado irracional leva-nos a querer as coisas demsaiado depressa.
Mas por mim, até gosto de me adaptar. De ouvir as reclamações de quem, um dia, estiver comigo. E de procurar resolvê-las e satisfazê-las o melhor possível. Naturalmente sem me anular nem pôr em causa os meus princípios. Os meus princípios até se foram reduzindo, com a idade, a meia dúzia. Mas tenho uma dificuldade extrema em lidar com maldade, frieza e crueldade. Temos naturalemnte de perceber que toda a gente tem momentos assim. Em que perde as estribeiras. Nessas alturas sou adepto de conversa. Conversa franca e aberta, que não magoe. Para resolver. Para construir. Para pedir desculpa e seguir em frente, tendo sempre como base o Amor que se sente.
Acho que, quando duas pessoas encaixam, encaixam mesmo. A todos os níveis. E, passada uma fase inicial das brigas todos os dias, dos gritos e das asneiras, veem normalmente coisas boas. É preciso é passar essa fase, com paciência e com muito carinho.
Acho sinceramente que o Amor não se constrói. Aparece de repente e tende a ficar. Mas tudo o resto? Ui ui. Tudo o resto é uma construção constante, de bases, de fundações, de paredes sólidas e de telhados bons e resistentes.
Sabem que mais? Viva o Amor!
Beijos & Abraços,
MP
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