sábado, 28 de janeiro de 2017

Das Homenagens

Aloha!

Depois de algum tempo parado, decidi voltar aos meus escritos. Pode ser que tenha inspiração para escrever com mais regularidade. Ou não. Ninguém sabe. :-)

Dei por mim a pensar em homenagens, sejam elas de que espécie for. Há algum tempo, em conversa com Colegas e Amigos, falei (em algumas alturas de forma mais emocionada) na justiça de homenagens que se deviam fazer. Ou na injustiça da falta delas.

Tive o prazer e, acima de tudo, a honra de participar em algumas homenagens que se fizeram a alguns Colegas de Profissão. E só tenho pena de não ter podido participar em mais. Os reconhecimentos públicos de uma capacidade, de uma carreira, da dedicação a uma causa são a forma mais bonita de se dizer obrigado. E é por este princípio que me rejo quando aceito participar numa homenagem a alguém: tenho de acreditar que aquela pessoa ou instituição merecem o reconhecimento e todo o trabalho que vou dedicar àquela causa. Que é justo e honesto agradecer de forma pública. Tenho feito sempre assim. E, até agora, ainda não me arrependi.

Convivo, quase diariamente, com pessoas que deram muito de si, ao longo de muito tempo, a alguma coisa. À Música, ao Teatro, à Rádio, à Televisão. A causas nobres e, muitas vezes, difíceis. Que inovaram, que educaram, que ajudaram, que promoveram situações, acontecimentos, causa e pessoas, muito além do que delas seria esperado. Que o fizeram, muitas vezes, com poucas ou nenhumas condições, a muito custo, com consequências nefastas na sua vida pessoal. Porque acreditavam que valia a pena. Porque sabiam que, sem essa dedicação e entrega, nada de novo se faria, não se avançaria e tudo ficaria na mesma.

Sei que, há algum tempo, um Músico Madeirense foi condecorado pelo Governo Regional da Madeira. E não foi o primeiro. Mas agora é mais frequente homenagear músicos, seja por mérito turístico ou pela divulgação e ensino da arte. Em boa hora o fizeram. Eu tive a oportunidade de sentir efeitos práticos da dedicação deste Homem à Música, em várias vertentes e estilos. O trabalho que ele fez era já conhecido de muitos. Mas daí ate alguém decidir homenageá-lo, daí ate porem em prática e fazerem acontecer esse reconhecimento público, vai (ou foi) uma grande distância. E como deve ter sido doce receber aquele prémio, ter sido reconhecido por tanto, tanto trabalho e por tanta dedicação...

Tenho para mim que a maior parte dos homenageados não trabalha pensando na medalha que um dia pode receber. A maior parte deles pode ate nem achar que merece ou que não fez nada de especial. Não por falsa modéstia. Nem mesmo por verdadeira modéstia. Mas porque nunca sequer pensou nisso. Porque fez tudo o que fez porque quis, por vontade, por egoísmo (também é possível), por vontade de ajudar uma causa, para ensinar algo às pessoas ou para inovar nesta ou naquela área.

Quem disser que não liga ao reconhecimento publico de um bom trabalho, ou está a mentir, ou é inconsciente. Porque toda a gente gosta de reconhecimento e porque esse reconhecimento pode servir de exemplo para que outras pessoas abracem causas notáveis e, um dia, façam coisas grandes.

Assim sendo, que venham esses reconhecimentos. Que se tenha visão transversal quando se tomar decisões sobre quem homenagear. Que se pense em todas as formas que existem de se tocar a vida das pessoas, de (de alguma forma) melhorá-la. Seja através da botânica, da geologia, da medicina, do turismo ou da música. Que não se tenha medo de homenagear músicos, bailarinos, pintores, escultores. Que se tome estas decisões de forma consciente e ponderada, mas aberta. 

Que se premeie mérito. Sem medo!

Beijos & Abraços.

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