Para mim, o reconhecimento de um trabalho bem feito é o principal combustível da motivação. É o que me faz (a mim e a muito boa gente) ter vontade de continuar a fazer mais e melhor. É também óbvio que o dinheiro faz parte. E é essencial. Mas o lugar comum aqui aplica-se como uma luva: o dinheiro não é tudo...
Por reconhecimento não deve entender-se homenagem nem bajulação. Reconhecer coisas bem feitas passa muitas vezes pelo uso da palavra "Parabéns" ou da expressão "Bom Trabalho". Passa por dizer publicamente que esta ou aquela pessoa (ou este ou aquele grupo de pessoas) fizeram um trabalho bem feito. Que, se não tivessem sido elas a fazer, provavelmente não seria tão bom.
Quem é reconhecido de forma clara trabalha melhor. Ou então fica com o ego inchado, descansa à sombra da bananeira e estraga tudo. Não há terceira opção. Nem vou aconselhar o que fazer com egos inchados. É melhor não! :)
Não ser reconhecido traz, numa fase inicial, alguma revolta. Se a falta de reconhecimento for constante e prolongada, traz até letargia e desânimo. Nenhuma das duas situações é aconselhável para se ser producente. Para podermos estar sempre no nosso melhor. Sentimo-nos portanto... Enxovalhados. Porque muitas vezes temos a consciência que demos mais atenção a esta ou áquela pessoa. Ou de que fizemos um bom trabalho. Que aquela atenção não teria sido dada por mais ninguém. E que o trabalho foi bom. E que outra pessoa não o teria feito tão bem.
Sentir-se enxovalhado é uma situação estranha. Muitas vezes não é grave o suficiente para nos afastarmos de alguém ou deixarmos de trabalhar neste ou naquele sítio. Mas é chato o suficiente para nos sentirmos tristes e pouco apreciados. As mentes mais fortes agarram-se aos resultados positivos e continuam a "remar". As mais fracas tornam medíocres as relações e os trabalhos. Mas, por mais forte que se seja, há sempre momentos de ruptura. Acontecem mais cedo ou mais tarde e de forma mais ou menos pacífica.
Quando se sente que está na altura de mudar, provavelmente temos razão. O mais grave destas situações é quando, quem perde um bom Amigo ou um bom Profissional por falta de reconhcimento, segue em frente como se nada fosse. Muitas vezes baseado numa ideia parola de que "ninguém é insubstituível". Desenganem-se! Quanto mais pequenos são os meios onde estamos inseridos, mais difícil se torna substituir pessoas e profissionais. É claro que as pessoas não deixam de viver se perdem um Amigo e as empresas não fecham se perderem um bom Profissional. Prefiro dizer que, realmente, ninguém é insubstituível... o que há é pessoas mais difíceis de substituir do que outras!
Assim sendo, sejam proactivos. Reconheçam de vez em quando quem vos faz bem. Ou quem faz um bom trabalho. Vão ver que as relações se tornam mais harmoniosas e produtivas. E toda a gente sai a ganhar. As palavras "obrigado", "parabéns", "bom trabalho", "gosto de ti", "fazes-me bem", "sem ti isto não seria possível", entre outras, fazem parte do dicionário. E são para serem usadas. Com mais ou menos moderação, decidam vocês. Mas a inconsciência de não as usar pode trazer-nos dissabores. E é tão fácil evitar dissabores...
Reparem: quem é equilibrado e consciente, não prejudica ninguém se não for reconhecido. Mas, com o tempo, entristece-se. E depois, por uma questão de auto-preservação, vai-se embora...
E, na maior parte das vezes, deixa saudades.
Beijos & Abraços,
MP
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