quinta-feira, 13 de março de 2014

Do Acordar de Novo Com Uma Nova Primavera

Talvez por estarmos a uma semana de começar a Primavera, lembrei-me de escrever este texto. Ou então foi alguma inspiração que me trouxe até a estas linhas.

A Primavera faz-me sempre lembrar recomeços. Cíclicos, é certo. Mas recomeços. Tudo fica mais quentinho, mais colorido, mais harmonioso. É daquelas estações que dão alento a quem para elas acorda. O ouvir os passarinhos a cantar, o sentir um Sol morno na cara. Não é quente nem é frio. É bom. :-) Deixa rigores invernosos para trás e faz, se quisermos, a vida dar uma cambalhota preguiçosa e calma para a frente.

Gosto de olhar para a vida como uma sucessão de Primaveras pelas quais se espera serenamente. Assim sendo, todos os dias podem ser novas Primaveras, novos recomeços. Até podem ser recomeços em relação à mesma coisa. Mas feitos de forma diferente, mais sábia, mais calma, mais nós.

Outra noção que me lembra a Primavera é a de hibernação. Há seres que, de forma inteligente (ou não) não perdem tempo com estações rigorosas, cinzentas e frias. Enchem-se de nutrientes, vão dormir e esperam que passe. Não posso dizer que concorde com isso, embora não conheça particularmente as vicissitudes da vida de cada um. Eu gosto de fazer Primaveras todos os dias. Quero puxá-las para mim de forma constante. Por outro lado, também sei esperar que elas me tragam, quando quiserem, dias novos, dias bons, dias meus, dias nossos.

E aprecio, louvo e admiro quem acorda para uma nova Primavera todos os dias. Porque o Sol morno que sabe tão bem e do qual há pouco falava, pode ser um sorriso, um toque nos cabelos, um bom dia, um abraço ou um beijo. De forma gratuita e esquecendo convenções. Mas admiro igualmente quem tem a capacidade de acordar com uma nova Primavera depois de um Inverno rigoroso, duro e triste. Tendo hibernado ou não. É sinal que sobreviveu e encontrou motivos bons para esperar o canto dos passarinhos e a brisa suave que não magoa.

Quero que a minha vida seja assim. Não um mar de rosas. Mas uma sucessão constante de Primaveras, ainda que com uns Invernos pelo meio. 

Queiram isto para vocês. Queiram Primaveras. Sejam Primaveras de alguém. Vivam em Primaveras constantes. Primaverem-se. Desibernem-se. E sejam o Sol, a relva verde, as flores, a brisa e o canto dos passarinhos de alguém. Por vocês e pelos outros.

Se não resultar, paciência. Acreditem que é só momentâneo. A nova Primavera vem, sempre, amanhã.

Beijos & Abraços,

MP

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